Telemarketing

Quem não fica injuriado quando está tirando um cochilo à tarde e de repente o telefone toca.
Ao atender se depara com uma voz feminina, suave que diz pausadamente: “Alô? Poderia falar com o senhor Hilton M. de Meneses?” A primeira coisa a pensar é: “Não acredito que essa infeliz me acordou pra oferecer um cartão que eu não vou aceitar, só de raiva vou deixar ela falar”.
A funcionária explica toda a situação de um banco que vai me dar limite no cheque especial de 2000 reais, que vou ter seguro vida, de carro, de casa, de unha encravada, como se o banco fosse meu amigão de infância....Será que vou ter seguro contra o telemarketing? E além do mais, o que eu fiz pra esse banco me dar isso tudo? Será que são meus lindos olhos?
Quando a atendente não sabe mais o que falar, ela começa a fazer perguntas. Perguntas essas bastante pessoais, como: “Quanto o senhor paga de anuidade do seu cartão?” A resposta fica por conta de cada um hehehehe!
O mais divertido de tudo é quando ela termina todo aquele nhê-nhê-nhê e você recusa a proposta. A pessoa deve ficar pensando: ”Filho-da-puta, cara! Falei pra cacete e ele cagou pra mim. Agora vou dar a cartada final pra encerrar o assunto”. Eis que ela pergunta o por que de eu não ter aceito! Uma resposta rápida e rasteira pra uma pergunta imbecil dessas: “Você é minha mulher? Fode comigo?” Sem mais, depois disso não espere uma resposta, apenas bata o telefone e volte a dormir, afinal esses intervalos entre um cochilo e outro fazem parte chegam a ser divertidos.